2025 é o ano do ouro caro e do dólar barato; saiba o pódio dos investimentos
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O governo argentino teria usado fundos mantidos pelos Estados Unidos junto ao FMI para pagar uma parcela da dívida que mantém com a entidade internacional. O repasse teria sido viabilizado graças à ajuda que o país recebeu de Donald Trump, que, no mês passado, anunciou uma linha de crédito bilionária.
A informação foi revelada pelo jornal Financial Times que destacou que os dois países teriam realizado uma operação triangular, na qual os EUA teriam usado parte de seus Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês) mantidos no FMI para transferir recursos à Argentina e permitir o pagamento de uma parcela da dívida que o país latino contraiu.
Os Direitos Especiais de Saque funcionam como uma espécie de moeda do FMI. As reservas dos países junto ao órgão são mantidas nesse formato e, quando necessárias, são convertidas em dólares para fazer resgates ou pagamentos de dívidas externas.
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As suspeitas foram levantadas depois que foi detectado um saque dos EUA no valor de US$ 870 milhões do montante de suas reservas no órgão internacional. Na sequência, a conta da Argentina na mesma organização recebeu um crédito, poucos dias antes do vencimento da parcela de US$ 840 milhões.
Embora nenhum dos dois países tenha se pronunciado sobre o assunto, o Financial Times afirma que a operação aumenta o mistério em torno do acordo feito entre EUA e Argentina antes das eleições realizadas no fim de outubro. Segundo reportagens da imprensa internacional, o presidente Donald Trump teria condicionado sua ajuda ao país à vitória dos candidatos de Milei nas eleições legislativas.
No total, os EUA firmaram uma linha de crédito de US$ 20 bilhões com a Argentina, na tentativa de estabilizar o câmbio no país. Desde então, segundo a consultoria americana Outlier, US$ 2,7 bilhões desse total já teriam sido usados.
"Este é um empreendimento enorme e arriscado", disse Mark Sobel, ex-funcionário do Tesouro dos EUA e atual presidente americano do think tank OMFIF. "No momento, sabemos muito pouco sobre isso.”
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