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A Fictor Holding Financeira apresentou nesta segunda-feira (17) uma proposta para comprar o Banco Master.
🏦 O anúncio ocorre pouco depois de o BC (Banco Central) barrar a venda do Master para o BRB (BSLI4), criando dúvidas sobre o futuro da instituição.
De acordo com a holding, a proposta foi apresentada em conjunto com um consórcio de investidores dos Emirados Árabes Unidos que somam mais de US$ 100 bilhões em ativos sob gestão.
"Trata-se de uma transação privada, com players complementares e de alcance global", comentou o fundador e presidente do Master, Daniel Vorcaro.
O acordo mira exclusivamente o Banco Master, deixando de fora o banco digital Willbank e o Banco Master de Investimentos, que estariam sendo negociados com outros grupos de investidores.
Contudo, também depende da aprovação do BC e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para avançar.
💵 A proposta de compra prevê um aporte imediato de R$ 3 bilhões para o fortalecimento da estrutura de capital do Master.
Além disso, a holding pretende fazer "alterações relevantes na diretoria estatutária" do Master, inclusive por meio da formação de um novo conselho e da escolha de um novo presidente.
Ou seja, Daniel Vorcaro deve deixar o Master depois de vender todas as ações do banco que ainda carrega para a Fictor e os seus parceiros árabes.
Ao longo do processo, o Master ainda deve ganhar um novo nome, passando a se chamar Banco Fictor.
"A operação representa o passo de entrada da Fictor no mercado financeiro brasileiro", afirmou o sócio da Fictor Holding Financeira, Rafael Góis.
Em nota, Vorcaro disse que o negócio será positivo para os clientes do Master. "A união dos atuais produtos com a capilaridade de distribuição da Fictor levará o novo banco ao protagonismo no cenário brasileiro, que tanto carece de novos players e de concorrência saudável", afirmou.
Ao anunciar o acordo com a Fictor e o consórcio árabe, Daniel Vorcaro disse que o Master "provou sua força e resiliência, superando desafios significativos", nos últimos meses.
Sob a liderança do executivo, o Master teve um crescimento expressivo nos últimos anos, pautado por uma estratégia considerada arriscada por muitos integrantes do sistema financeiro.
A instituição ficou conhecida por emitir CDBs (Certificados de Depósito Bancário) com taxas superiores ao praticado no mercado, chegando até a 150% do CDI em algumas situações.
Dessa forma, o Master carrega uma das maiores carteiras de depósitos a prazo do país. Tanto que precisou tomar crédito junto ao FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para fazer frente a esses vencimentos.
Vocaro também vendeu uma série de ativos para injetar dinheiro no banco. Em maio, por exemplo, fechou um acordo de R$ 1,5 bilhão com o BTG (BPAC11), que incluiu imóveis, direitos creditórios e ações de empresas como Light (LIGT3) e Méliuz (CASH3).
A Fictor foi criada em 2007 como uma empresa de soluções tecnológicas, que buscava contribuir com o processo de inovação digital na logística e de transformação de negócios. Contudo, vem ampliando as suas atividades desde então.
Atualmente, a Fictor também atua com serviços financeiros, infraestrutura e alimentos, por meio de empresas como a plataforma de pagamentos Fictor Pay, a Fictor Energia e a Fictor Alimentos.
A Fictor Alimentos (FICT3), por sinal, tem ações negociadas na bolsa. A companhia chegou à B3 por meio de um IPO reverso no final de 2024, depois de adquirir o controle da Atom Participações, e hoje é avaliada em R$ 138 milhões.
"O Grupo Fictor possui investimentos com presença global, mais de 6.000 colaboradores e um portfólio com mais de 30 empresas no Brasil, Estados Unidos e Europa", diz a empresa, que também conta com escritórios em Portugal e nos Estados Unidos.
Em nota, a Fictor disse que a entrada no setor bancário representa um "passo estratégico para fortalecer sua plataforma de serviços financeiros e consolidar sua expansão internacional".
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