Americanas (AMER3): Acionistas pedem divulgação do relatório integral

🗣️ O Instituto Empresa, representando um grupo de acionistas da Americanas (AMER3), solicitou formalmente à companhia, nesta segunda-feira (11), o acesso público ao relatório completo produzido pelo comitê independente.

Esse documento detalha as investigações sobre as causas e responsabilidades relacionadas à fraude contábil. "O conselho de administração teve acesso ao relatório e orientou a diretoria para que tomasse as medidas cabíveis para a defesa dos interesses sociais e ressarcimento dos prejuízos causados, mas os acionistas minoritários não”, afirmou Eduardo Silva, presidente do Instituto Empresa.

Desde sua criação em 2017, o Instituto Empresa tem defendido os interesses de cerca de 500 acionistas minoritários da Americanas. Em julho de 2023, logo após a finalização dos trabalhos do comitê independente, a entidade solicitou a divulgação do relatório sobre a fraude contábil. Em setembro, intensificando suas ações, o Instituto pediu a exclusão da Americanas do Novo Mercado.

💬 “Sem esse documento não há como se realizar uma deliberação válida sobre a responsabilidade exclusiva de alguns dos tantos ex-diretores envolvidos, nem como aferir o comportamento dos controladores e de outros órgãos que deveriam ter zelado pela governança”, diz Silva.

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Além disso, a Americanas convocou uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para o dia 11 de dezembro, com o objetivo de deliberar sobre a propositura de uma ação judicial contra ex-diretores da companhia, responsabilizados pela fraude contábil que abalou a empresa. Os acionistas terão até o dia 9 de dezembro para confirmar sua participação na assembleia.

💻 Segundo o presidente do Instituto, o relatório final do comitê independente comprova a ocorrência de uma fraude contábil que gerou prejuízos substanciais à Americanas e a todos os seus stakeholders. Contudo, o dirigente lamentou a escassez de informações disponibilizadas ao público, o que, em sua opinião, compromete a capacidade dos acionistas.

Após quase 18 meses de investigação, o comitê independente, instituído pela Americanas para apurar as irregularidades contábeis, concluiu que houve fraude na companhia. O relatório final do comitê apontou, principalmente, lançamentos contábeis indevidos e outras operações fraudulentas que foram contabilizadas de forma incorreta, distorcendo significativamente o balanço da empresa.