Amil e Dasa (DASA3): Cade aprova criação da 2ª maior rede hospitalar do país

Amil e Dasa (DASA3) receberam o aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para combinarem seus negócios. As empresas serão sócias em uma rede de clínicas e hospitais com potencial para faturar quase R$ 10 bilhões por ano.

⚖️A união entre Amil e Dasa deve criar a segunda maior rede de hospitais do país e foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade na última terça-feira (23), sem restrições.

Na avaliação do regulador, a operação implica na sobreposição horizontal e vertical das duas empresas em algumas cidades brasileiras, mas não acarreta risco de fechamento ou exercício de poder de mercado.

A decisão do Cade, no entanto, só transitará em julgado depois de 15 dias da sua publicação no Diário Oficial da União. Por isso, Amil e Dasa ainda precisam esperar um pouco para consumarem a fusão.

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O negócio

🏥 A parceria entre Amil e Dasa foi confirmada em junho deste ano, após meses de negociação.

O negócio envolve 25 hospitais, seis clínicas oncológicas e seis clínicas médicas que pertencem às empresas, mas passarão a ser controlados pela Ímpar Serviços Hospitalares, joint venture de gestão compartilhada entre as duas companhias.

"Com essa união de forças, a Ímpar passará a ser uma rede de hospitais não verticalizada mais robusta e atraente, com capacidade para oferecer mais opções de instalações, profissionais de saúde e tratamentos, com um total de 25 hospitais e 4,4 mil leitos, majoritariamente localizados na região Sudeste e Distrito Federal", anunciou a Dasa, em junho.

💲 Segundo a companhia, a receita líquida combinada dessas operações alcançou R$ 9,9 milhões em 2023. Já o Ebitda foi estimado em R$ 777 milhões. A expectativa é de que, por meio da parceria, essa rede se beneficie "de maior alavancagem operacional e potencial de crescimento de receita".

Este deve ser, portanto, o segundo maior grupo hospitalar do país, atrás apenas da Rede D'Or (RDOR3), que conta com 73 hospitais e 11 mil leitos. Outra concorrente é a Hapvida (HAPV3), que tinha 85 hospitais e 5,8 mil leitos ao final do terceiro trimestre, mas não é uma operadora puramente hospitalar.