Azul (AZUL54) lança oferta de ações de R$ 7,4 bilhões; veja detalhes
Os recursos captados serão direcionados para fins corporativos gerais.
Na tarde desta segunda-feira (15), as ações da Azul (AZUL4) operam no mais baixo nível das últimas semanas. Por volta das 13h, os papéis eram negociados abaixo de R$ 1, com um recuo de 11% em relação ao fechamento da última sexta.
Desta forma, a empresa retorna ao mesmo valor de mercado registrado em novembro. Atualmente, o market cap da companhia aérea é de R$ 860 milhões, conforme dados da B3.
O movimento de baixa vem como uma reação do mercado à aprovação do plano de recuperação judicial da empresa nos EUA. Isso porque o projeto prevê a conversão de parte das dívidas em ações, o que deve diluir o atual padrão dos acionistas minoritários.
A Justiça também autorizou uma oferta pública adicional de ações, em um valor que pode se aproximar de US$ 1 bilhão. Acordos comerciais, mudanças nos contratos de leasing de aeronaves e outras medidas financeiras também fazem parte do documento apresentado ao tribunal.
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Segundo os analistas do mercado aéreo, a aprovação coloca a companhia em uma situação mais confortável. Além disso, mostra que os próximos balanços podem vir mais simples e com mais previsibilidade aos investidores.
Esse contexto é corroborado pela própria administração da companhia, que fala em uma alavancagem de 2,5x, em vez de 3x previstos anteriormente. O presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, comemorou a decisão da Justiça norte-americana.
“Tem duas coisas que são fundamentais para nós. Primeiro, nossa dívida está baixando 60% e nossos juros ao ano estão baixando mais ou menos US$ 200 milhões ao ano. Então, a dívida cai, o juro cai junto. Além disso, a nossa dívida do aluguel de aeronaves também está caindo. E está caindo 28%”, pontuou.
A aprovação fez, no entanto, com que bancos e casas de análise revissem suas recomendações para os papéis. O Bradesco BBI, por exemplo, reiterou sua recomendação de venda para as ações, projetando uma queda de mais 50%, com preço-alvo de R$ 0,50.
A Azul entrou em recuperação judicial em maio deste ano, quando a companhia recorreu ao chamado Chapter 11, nos EUA. Ela se juntou às outras duas maiores empresas que operam no país, que também já passaram pelo mesmo processo.
Os recursos captados serão direcionados para fins corporativos gerais.
Pela proposta, cada ação preferencial seria convertida em 75 ações ordinárias.
O CEO informou na entrevista uma expectativa de receita de R$ 20 bilhões para 2024.
O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 1,914,5 bilhão.
O tribunal também deu aval ao Backstop Commitment Agreement.
Segundo a empresa, o progresso está alinhado ao cronograma inicialmente proposto para a conclusão do processo.
O resultado operacional foi de R$ 376,7 milhões, com margem de 20,6%.
Empresa corta projeções de receita e Ebitda, mas mantém capacidade e aposta em redução de custos.
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