‘Casamento’ sob desconfiança? Banco dá veredito sobre a fusão Petz e Cobasi
De acordo com o JPMorgan, o mercado ainda não está disposto a pagar pelo novo valor antes que ele se torne realidade.
A fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi deve ser concluída no próximo dia 2 de janeiro de 2026, caso mais nenhum contratempo apareça pelo caminho.
📈 O negócio vai criar a maior rede de pet shops do Brasil e trará mudanças significativas para os investidores das companhias, pois as ações PETZ3 devem se despedir da bolsa nesta data.
A fusão prevê a incorporação da totalidade das ações de emissão da Petz pela Cobasi, que vai estrear na bolsa em 5 de janeiro de 2026 com um ticker de negociação que será definido nos próximos dias.
Com isso, os investidores da Petz receberão uma ação ordinária e uma ação preferencial da Cobasi para cada papel PETZ3 detido no dia de fechamento da operação, previsto para 2 de janeiro.
💲 As ações serão creditadas na conta dos acionistas no fechamento de 7 de janeiro. Contudo, as ações preferenciais serão resgatadas na sequência pela companhia, mediante o pagamento de R$ 0,71 por ação para os investidores. O resgate totaliza R$ 270 milhões, em valores atualizados pelo CDI, e deve ser realizado até 23 de janeiro de 2026.
Os acionistas da Petz também já receberam R$ 130 milhões em dividendos. O pagamento foi realizado em 29 de novembro de 2024, no valor de R$ 0,2882, para quem era investidor da empresa em 13 de novembro de 2024.
Com isso, a estimativa é de que os acionistas da Petz sejam donos de 52,6% da empresa resultante da fusão com a Cobasi.
As empresas ressaltaram, no entanto, que o valor do resgate e a relação de troca indicados acima são estimados e, portanto, ainda podem sofrer ajustes até o fechamento da operação.
O calendário estimado para a conclusão da fusão foi anunciado nessa segunda-feira (15), após mais de um ano e meio de negociações. Contudo, ainda depende da confirmação da implementação de todas as condições suspensivas aplicáveis no dia 2 de janeiro.
🐕 Petz e Cobasi anunciaram a intenção de combinar seus negócios em agosto de 2024. Contudo, o negócio foi questionado por outras empresas do mercado pet. Por isso, precisou ser levado a julgamento no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A Petlove, por exemplo, disse que o negócio poderia "trazer graves prejuízos" à concorrência e aos consumidores finais do segmento pet, caso não recebesse "remédios estruturais e comportamentais robustos, capazes de preservar a concorrência".
Isso porque a fusão vai criar a maior rede de pet shops do Brasil, com mais de 20 marcas próprias, 494 lojas, 11% de market share e um faturamento anual de aproximadamente R$ 6,9 bilhões.
Por isso, o Cade só aprovou a fusão de forma definitiva na semana passada e com algumas restrições.
Uma das exigências é a venda de 26 lojas localizadas no estado de São Paulo, que representam 3,3% do faturamento da companhia combinada, para evitar uma concentração excessiva de mercado na região.
Para a Ativa Investimentos, o desinvestimento terá um impacto marginal e não altera a visão positiva para a fusão.
"Com o fechamento da operação, o processo de fusão deve trazer despesas incrementais passageiras que podem pressionar a companhia, mas, no longo prazo a combinação de negócios deve ser benéfica para a Petz, que já vinham enfrentando concorrência agressiva", afirmou a Ativa.
A XP concorda que foi um "desfecho bem-vindo apesar das medidas", mas mantém uma posição neutra em relação às ações da companhia.
A casa tem uma visão construtiva sobre as sinergias da fusão, mas espera que o ritmo de ganhos continue desafiado por um cenário competitivo mais acirrado.
De acordo com o JPMorgan, o mercado ainda não está disposto a pagar pelo novo valor antes que ele se torne realidade.
Empresa resultante da fusão das gigantes do segmento pet estreia na B3 em janeiro de 2026.
Lojas ficam em São Paulo e respondem por 3,3% do faturamento da companhia combinada.
Segundo a petição, a Petlove argumenta ser a candidata mais qualificada para adquirir os ativos que forem colocados à venda.
As vendas no canal físico atingiram R$ 583,220 milhões, alta de 8,1%.
A proposta, que criaria um grupo com faturamento anual estimado em R$ 7 bilhões, tem enfrentado resistência de concorrentes como a Petlove.
O órgão concorrencial vai realizar um novo estudo sobre a estrutura do mercado de varejo pet.
Com mais de 50 milhões de ações sob gestão, XP atingiu uma participação de 10,85% na Petz.
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