Grupo Mateus (GMAT3) expande modelos de loja, mas ações recuam forte após balanço

Este mês de novembro veio cheio de novidades para os investidores do Grupo Mateus (GMAT3). Uma das maiores redes de atacado do país anunciou a abertura de dois novos modelos de lojas.

A primeira é o Mateus Food Service, que funciona como um atacarejo de menor porte, diferente das grandes lojas que têm maior diversificação de produtos. A primeira unidade desta rede foi inaugurada em São Luís (MA), com cerca de 7 mil itens.

A ideia é expandir esse negócio para cidades menores, podendo ser alocado em espaços de, em média, 2 mil metros quadrados. Há um foco especial no setor de transformadores; portanto, há oferta de produtos para bares, restaurantes e hotéis.A outra novidade é a chegada da rede Spazio, um empório premium, também em São Luís. Outras duas lojas como essa devem ser abertas nos próximos meses.

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“Há um zelo com esse tema de expansão e nosso foco continua sendo o mesmo, com lojas maiores que sejam importantes para complementarmos a nossa rota [logística]”, disse Ilson Mateus Rodrigues, presidente do conselho de administração. “Estamos escolhendo, não podemos ter pressa, se serão 25 ou 30 lojas. Vamos ter supermercado e atacarejo, e onde couber lojas de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões serão atacarejo e de R$ 6 milhões a R$ 8 milhões serão lojas de varejo, mas vamos definindo isso durante o ano”, completou.

O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (14), durante a teleconferência de resultados da companhia. O espaço foi aberto para que os diretores do Mateus comentassem os números do terceiro trimestre, após a publicação do balanço.

No 3T25, o grupo atacadista viu seu lucro líquido avançar 146%, para acima de R$ 846 milhões, mostra o documento. Além disso, a receita líquida da companhia avançou 29%, somando R$ 10,7 bilhões no período.

Na análise da XP Investimentos, embora o fechamento tenha sido em linha com o esperado pelos analistas, diversos eventos impactaram o resultado. Um relatório da corretora comenta que mudanças contábeis ofuscaram o terceiro trimestre da companhia.

“No geral, acreditamos que o GMAT tem muito espaço para continuar crescendo e melhorando sua operação, embora as recentes mudanças contábeis possam gerar preocupações sobre possíveis novas alterações. Mantemos nossa recomendação de compra”, diz a XP, que projeta alta de 60% nas ações, com preço-alvo de R$ 9.

Depois da publicação do balanço, as ações da companhia caíram mais de 10% no pregão da B3. Na sexta, os papéis fecharam cravados em R$ 5,60, conforme dados da B3.