MicroStrategy brasileira: OranjeBTC estreia na B3 com bilhões em Bitcoin (BTC)

A B3 foi palco, na manhã desta terça-feira (7) , da listagem de uma nova empresa na bolsa de valores brasileira. A novidade é a OranjeBTC, uma companhia 100% exposta ao Bitcoin (BTC), que vai negociar suas ações sob o ticker OBTC3. 

A OranjeBTC chega como uma das maiores Bitcoin Treasury Companies do planeta, já que tem todo o seu capital social exposto à criptomoeda. Segundo balanços divulgados pela companhia, são mais de 3.675 bitcoin em caixa, valor que supera a casa de R$ 2 bilhões. 

Durante o lançamento das ações, a empresa ainda anunciou a compra de 25 novas unidades do ativo digital, somando cerca de R$ 15 milhões em aquisição. O preço médio da compra foi de US$ 112,5 mil, conforme dito pelos diretores da companhia. 

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“Esse é um momento marcante estar trabalhando nisso. Há um ano, tudo era apenas uma ideia, um rascunho. Conseguimos transformar esse rascunho em algo real, reunindo times, investidores e apoiadores. E hoje, de fato, estamos apenas na linha de largada”, disse Guilherme Gomes, fundador e CEO da companhia, em entrevista ao site CoinTelegraph.

Ainda não há informações sobre qual será o valor de cada ação da companhia, já que não há preço de referência para os ativos. No entanto, o comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) cita um preço implítico de quase R$ 15 por ação. 

No total, a empresa emitiu 155 mil ações ordinárias, além de informar a captação de R$ 128,1 milhões em recursos para comprar mais Bitcoins. Os títulos poderão ser convertidos em papeis da companhia no vencimento, dependendo da estratégia.

“A nossa é a primeira dívida da história do país sem juros, por cinco anos, destinada à compra de Bitcoin. É uma dívida pequena, de aproximadamente R$ 128 milhões. Essa operação foi importante para provar como é possível utilizar mecanismos financeiros inovadores dentro dessa nova economia”, destacou o executivo. 

Embora seja puramente exposta aos criptoativos, a OranjeBTC prefere não dizer se há uma meta de compra para os próximos anos. 

“Não vamos dar nenhum tipo de guidance do tipo ‘vamos chegar a X ou Y bitcoins’, porque isso depende do preço de mercado, do preço do Bitcoin e de vários fatores externos à companhia. O que podemos afirmar com total convicção é que nossa reserva de valor está no Bitcoin, e que a compra será contínua, recorrente e transparente nos próximos anos”, continuou o executivo, à reportagem.