Cosan (CSAN3) e Shell avaliam aporte de R$ 10 bi para 'socorrer' a Raízen
Paralelamente às tratativas sobre o aporte, a Raízen avança em um plano de desinvestimentos que pode somar cerca de R$ 10 bilhões.
A Raízen (RAIZ4) disse nesta sexta-feira (10) que "não está considerando qualquer forma de reestruturação de dívida ou pedido de recuperação judicial ou extrajudicial".
📉 O comunicado foi publicado depois que as suas ações derreteram e renovaram as mínimas históricas na B3, em meio a preocupações sobre a situação financeira da companhia.
De acordo com o "Valor Econômico", ao menos um grande investidor havia desmontado uma posição em títulos de dívida externa da Raízen, o que pressionou a cotação dos bonds e levantou dúvidas sobre uma possível reestruturação da companhia.
A Raízen, no entanto, descartou os rumores e garantiu que mantém uma "posição robusta de caixa, com R$ 15,7 bilhões em disponibilidades ao final do 1T 2025’26, e R$ 5,5 bilhões (US$ 1,0 bilhão) em linhas comprometidas de crédito rotativo disponíveis".
A companhia disse ainda que "segue executando sua estratégia de gestão financeira voltada à otimização do perfil de endividamento e da estrutura de capital".
A Raízen vem se desfazendo de ativos, como usinas de etanol e geração distribuída de energia, para reduzir o seu endividamento e voltar a focar no "core" do negócio. Isto é, na produção de açúcar, etanol e bioenergia e na distribuição de combustíveis.
💲 Além disso, os seus controladores têm conversado com "potenciais investidores para uma transação de capitalização.
A Raízen é fruto de uma joint-venture entre Cosan (CSAN3) e Shell (SHEL), mas poderia ganhar um novo sócio relevante nesta operação. E essa possibilidade continua na mesa, segundo a empresa.
"A Companhia foi informada por seus acionistas controladores de que seguem em curso discussões e avaliações sobre alternativas de capitalização da Raízen, com o objetivo de fortalecer sua estrutura de capital e apoiar sua estratégia de longo prazo", disse a Raízen nesta sexta-feira (10).
Controlador da Raízen, a Cosan também estava nessa situação e acabou fechando um acordo para levantar até R$ 10 bilhões no final de setembro.
🏦 A maior parte dessa verba será aportada pelo BTG Pactual (BPAC11), que, com isso, vai entrar no rol dos maiores sócios da Cosan e poderá até assumir o controle da holding no futuro.
Ao anunciar o acordo, a Cosan ressaltou que todos esses recursos serão utilizados na "renegociação e repagamento de suas dívidas financeiras, de forma a efetivamente reduzir a sua alavancagem financeira". Logo, não devem ajudar na reestruturação de subsidiárias como a Raízen.
Diante do temor de uma possível reestruturação de dívida, as ações da Raízen tiveram mais um dia de forte desvalorização na B3.
O papel chegou a ser cotado por R$ 0,84 no final da manhã desta sexta-feira (10), renovando a sua mínima histórica. No fechamento, caía 1,14% e era cotado a R$ 0,87.
Paralelamente às tratativas sobre o aporte, a Raízen avança em um plano de desinvestimentos que pode somar cerca de R$ 10 bilhões.
As ações da Raízen estão sendo negociadas abaixo de R$ 1 desde 6 de outubro, o que caracteriza um penny stock segundo as regras da B3.
Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) também sobem, com combate à informalidade no setor de combustíveis.
A empresa anunciou as renúncias de Cristiano Pinto da Costa e Rodrigo Araújo Alves.
Produtora de açúcar e etanol traz resultados do segundo trimestre da atual safra 2025/2026.
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